16 de fev. de 2010

Gírias, meu...só.

Bah, o pastel é o seguinte: a pinta ontonti me intimô numa parada pra lá de sinistra: deu a barbada pra cima de moi, dando um lance que tava tri no pique da galera. Tric, tric, rolimã, mas eu grilei porque era puro papo reto de bicho grilo. Os maluco da Oswaldo tudo na praia, tudo ligadão, no mínimo tavam me tirando pra otário se fazendo de joão sem braço querendo que eu descascasse o abacaxi.
Não sei, quando eu abri o jogo pras mina, elas me trovaram que a baranga tinha largado uma baita bidala, rasgando a orelha dos nerd saradão metido a sufrista jojolão, que acharam aquela djosca uma puta duma brasa mora. Claro, a jabiraca jogou no ventilador lavando roupa suja, barato que só existia na cuca dela, mas não tinha feito a cabeça das gurias, que sacaram de vez que o jaburu tava era soltando um barro pela boca. Não eras.
As mina tavam tudo de mãos atadas. Não podiam matar a cobra e mostrar o pau porque a quenga levava a gurizada no lero, com toda aquela lenga lenga. Putz, meu, as guria meteram o rabo entre as pernas e ficaram só na butuca. Acontece, brou, que tocou pra eu soltar o verbo pra parceria, certo que eu ia pagar mó mico, sabendo que em toda a pedra no sapato, eu sou mó pé-frio da paróquia. Tava afinzão memo era de picar a mula, mas a piriguete ia ter que pagar o pato.
Arresolvi quebrar o galho dos mano e das mina e deitei o cabelo pra praia. Fui lá fritar banha pra parceria daquela penca de coisa sem pé nem cabeça. Os guri tudo tavam cheio de macaquinho no sótão, trocando alhos por bugalhos, que no fim só trocava seis por meia dúzia. Pior, mano, os loco não eram assim troca tinta, não iam me seguir se eu botasse a boca no trombone. Eu até era maneiro pros loco, mas não era o bam bam bam. E aí que botei minha cachola pra funcionar. Armei uma pra tinhosa, fazendo ela mesma voltar à vaca fria e parar de rasgar seda.
Os mano brou tudo zoando, na galera, com as naves deitada na areia, lagartiando, tomando chá de cadeira. O mar tava que era só merreca e as pinta tudo marrento. Já cheguei chegando e barbarizando o ambiente. Pra conseguir atenção, disse: “Ó o auê aí, ó!” Começou o fuzuê. Galera se levantou e quase que eu amarelei bonito. Sentei o pé e encarei a parada dura. Já disse qual era e os loco tudo arretado vieram pra cima de mim com aquela história do poste mijando nos cachorros e que eu era meio estragado da lagarta. Eu larguei fincado já me adiantando no parangolé e abrindo todas. Oito ou oitenta.
Olha aí, seus cabrerão, ficam dando uma de jaca e não pegam nada. Eu tava por tudo. A kelly deu mó kaô em vocês e vocês ficaram dando pala. Aí, não eras, eles disseram, mas eu não dei o braço a torcer e dei com a língua nos dentes. Azar do goleiro. Se eu desse com os burros n’água ainda tinha bala na agulha pra dar o troco. Larguei o papo de mão beijada.
De caso pensado e com uma perna nas costas contei toda a história deixando uma benga no bagulho que fundiu a cuca lelé dos merrequeiros. Se quebraram. Dali a pouco já deu um mormaço e os sufristas já tavam no maior mosquedo querendo tapar o sol com a peneira. The cow wents to the swamp.
Só, meu. Armei o barraco pra cima da barraqueira, dei uma de dente cariado e caí da boca. O arranca rabo só terminou quando a fubanga largou o papo firme, ajeitou o air bag, abriu as pernas e entregou o ouro.
Botei banca, não queimei o filme, deixei os loco tudo bolado e mostrei que não era bicho de sete cabeças aquela batata quente. Muita pinta ficou boiando na história, viajaram legal. Fazer o que, sou fora da casinha mesmo. No final das contas, no fringir dos ovos, a mina deu piti. Maneiro. Massa. Barato estranho. Eu tava com a macaca naquele dia.
Deu um frio na barriga quando as gatas vieram pra cima de mim. Me tiraram pra herói da história. E eu nem tchuns. O grilo era básico: a maria vai com as outras esqueceu de molhar o bico e miou pra trás. Simples como assobiar e chupar manga. Em mandinga de trouxa, exu não faz banzé.
Você entendeu tudo direitinho? Captou a história e o problema? Não? Pena mesmo. Quem mandou estudar muita gramática e pouca linguística. Pra mim também, deu um trabalhão entender o que eu mesmo escrevi. Tudo é impermanente, até a língua que falamos.

Um comentário:

  1. Realmente nossa língua é muito rica e há quem pense que gírias, principalmente regionais, são falta de cultura. Gostei muito, caro amigo. Aguardo novas postagens, abraços!

    John Constantine

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